Linhas

por Délia Taylor

 

Mostre-me sua mão, tão áspera,

E deixe-me traçar as linhas

Para ver sua vida passada,

e ver a luta que nunca pára-

Para ver os rios que fluem para o mar,

e juntam-se com o sol, que eu encontro no seu olhos.

 

Eu nunca corri de você,

Quando você me disse que

Sua vida era tão áspera quanto sua mão,

Eu fiquei

Durante as noites quando nós chorávamos na cama,

Eu, Traçando as linhas nas costas de novo

E você, seguindo linhas diferentes.

Elas levaram para a rua.

Para gritar e protestar com o povo.

 

Se eu pudesse,

Eu ficaria com você,

Eu veria a luz que volta a seus olhos

E diria que tudo vai ficar bem.

 

Mostre-me sua mão, tão áspera,

E deixe-me traçar as linhas

Que levam nossas veias,

Que carregam as cores da rebelião.

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